A maternidade é um terreno repleto de novidades, principalmente para mamães de primeira viagem, assim se informar é a melhor saída para lidar com as dúvidas que surgem ao longo do processo. Nesse sentido, a ginecologista e obstetra Patrícia Germanovix do Carmo (CRM PR 21605 | RQE 16603) esclareceu as principais questões sobre o desmame, uma fase importante do desenvolvimento do seu bebê. Confira!
“Desmamar significa interromper o aleitamento materno exclusivo”, aponta a médica. Ela ainda conta que não existe uma fórmula mágica de como fazer o desmame. Ele pode acontecer por questões de saúde da mãe ou do bebê e muitas vezes por chegar a hora de comer. Isso mesmo! Por mais importante que o leite materno seja, chega um momento em que ele não será mais a base da alimentação da criança e ela já deverá se alimentar como os demais indivíduos da família, comendo igual a todos.
O desmame pode ocorrer por diversos motivos e em diferentes fases da vida do bebê. A seguir, você confere algumas indicações da ginecologista e obstetra de momentos em que o desmame pode ser necessário. Olha só:
Apesar de não existir uma técnica infalível para que o desmame funcione, algumas dicas podem ser consideradas nesse momento, além do acompanhamento da sua médica ou médico.
O desmame pode ser gradual, “trocando mamadas por alimentos, diminuindo a oferta do seio materno durante o dia principalmente”, aponta a ginecologista e obstetra. Ela ainda conta que algumas mães preferem manter o aleitamento noturno por mais tempo, mas isso não é uma regra. De modo geral, as mães costumam se sentir mais confortáveis nessa forma de desmame, pois vão entendendo que esta hora está chegando. Em certas circunstâncias, ela nem precisa tomar medicação para secar o leite, pois sua produção vai diminuindo naturalmente.
Quando necessário, pode ocorrer o desmame abrupto. Assim, substituindo totalmente o aleitamento materno por mamadeira e/ou alimentos a depender da idade da criança. Nesses casos, na maioria das vezes, medidas adicionais são necessárias para interromper a produção de leite, como medicações específicas, enfaixamento das mamas, compressas geladas e evitar ao máximo ordenhar as mamas para esvaziar (pois, isso estimula a produção e perpetua o processo).
Independente da forma de desmame que você escolher ou das razões necessárias para que ele aconteça, esse é um processo natural na relação entre mãe e filho e vai passar como tantas outras fases!
Patrícia comenta que o ideal é amamentar exclusivamente até o sexto mês e parcialmente até os 2 anos de idade, conforme as recomendações da OMS (organização mundial da saúde) e sociedades de pediatria ao longo do mundo. Porém, como já dito anteriormente, não existe fórmula mágica nem certo e errado neste contexto.
A médica indica que “quando as mamas cessam a produção, o corpo logo volta à sua fisiologia habitual, restaurando a ovulação e os ciclos menstruais”. Mas isso é um processo e o tempo até o corpo “voltar ao normal” varia de acordo com cada um.
O corpo leva um certo tempo para se adaptar à nova realidade. Por isso, se as dores forem intensas nesse processo, procure sua médica ou médico para vocês encontrarem uma solução que atenda a sua realidade e do seu bebê.
O desmame abrupto é parar com o aleitamento materno exclusivo completamente e repentinamente. Se esse é o seu caso, fique atenta à qualidade nutricional da nova dieta do bebê e busque ajuda de profissionais da psicologia se vocês estiverem passando por grande sofrimento emocional decorrente desta necessidade.
O desmame noturno diz respeito a diminuir ou parar com os aleitamentos durante a noite/madrugada. Para isso, a alimentação do bebê deve estar balanceada e, assim, a necessidade de mamar ao longo da noite será cada vez menos frequente.
A ginecologista e obstetra diz que não existe uma idade limite para amamentar. “Mas lembre-se que ensinar seu bebê a ser independente é uma de suas grandes missões como mãe. Uma dica valiosa: não sinta pena nem culpa! Isso é natural e vai passar”, acrescenta.
Nos casos de desmame gradual, indícios são mamadas mais espaçadas e uma introdução alimentar estabelecida. Mas lembre-se: sempre que tiver dúvidas, converse com um profissional de confiança!
Não. Segundo Patrícia, o desmame é um processo natural e faz parte da maternidade. A partir dele, o bebê terá acesso a outros alimentos e o leite não precisa deixar de ser ofertado completamente. O importante é ficar atenta a essa nova realidade, mas sem medo, afinal, o desmame é necessário.
“Nos casos de desmame abrupto ou quando ele acontece em fases em que o bebê ainda mama muito, faz-se necessário tomar medicação para secar o leite”, aponta a ginecologista e obstetra. Mas, Patrícia complementa que outros cuidados devem ser tomados, como não esvaziar a mama e comprimi-la com um top bem justo ou até recorrer à compressa gelada. Se você ordenhar, vai voltar a produzir.
Mesmo sendo necessário, o desmame pode causar inseguranças. Mas fique tranquila! Você só precisa seguir dedicando momentos ao seu filho, se mostrando presente e realizando trocas de carinho e afeto!
Há diferentes métodos de introdução alimentar. Essa escolha deve ser feita conforme as suas necessidades e do bebê, checando o que é importante para vocês. É claro que a opinião de um médico especialista é indispensável nesse momento.
A ginecologista e obstetra reforça que é preciso ter noção de que o desmame é necessário e só uma fase. Não se culpe, você está fazendo o seu melhor. Se preocupar com isso já diz muito sobre a importância da maternidade para você. Tente levar tudo com naturalidade, afinal, ninguém melhor do que você e seu bebê para decidirem a melhor forma de conduzir as coisas.
Mamãe, respeite sua individualidade! E agora que você conferiu as principais informações sobre o desmame, que tal conhecer um pouco sobre o método de introdução alimentar BWL?
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